segunda-feira, 24 de abril de 2017

A inadimplência na escola custa caro e é importante agir agora



A inadimplência ocorre por diversos motivos e envolve toda a comunidade escolar.

  De um lado desta equação estão os pais e responsáveis que buscam as instituições particulares como uma alternativa para driblar os problemas do ensino público e garantir uma educação de qualidade para seus filhos. Mas que, seja por esquecimento, dificuldades financeiras - ou, em alguns casos, até má fé - não conseguem fazer com que a escola caiba no orçamento da família.

   Do outro lado estão as instituições de ensino, que dependem parcial ou integralmente do pagamento das mensalidades para que possam se manter e oferecer um ensino de qualidade. Quando há um desequilíbrio nessa equação, as instituições não conseguem honrar seus compromissos financeiros e precisam fazer cortes no orçamento, deixando de investir em áreas importantes para garantir que o ensino se mantenha em seu mais alto padrão ou, às vezes, sacrificando sua equipe, para não perder qualidade. Esse efeito de bola de neve prejudica o ensino, desgasta as relações, impede a escola de crescer, afeta a produtividade dos docentes, sacrifica os adimplentes e todos saem perdendo.




   Até que se crie uma fórmula de separar os inadimplentes mal-intencionados dos bem-intencionados, cabe à escola ser criteriosa na análise dos candidatos, rigorosa nas cobranças e, principalmente, bem estruturada em seus processos administrativos para que os problemas não tomem proporções maiores e prejudiquem a saúde financeira da instituição.

terça-feira, 18 de abril de 2017

Como posso trabalhar para acabar com a inadimplência na minha instituição de ensino?



   A principal arma para combater esse mal que causa tanto estrago nas instituições é, sem dúvidas, a proatividade dos gestores e o comprometimento da equipe administrativa e financeira. Todos devem estar conscientes de que não basta lembrar da inadimplência apenas em momentos de emergência ou crise, é preciso combatê-la durante todo o período letivo.
Somado a isso, é preciso também contar com as ferramentas certas, capazes de munir os gestores com todas as informações que eles precisam para tomar as melhores decisões em prol da escola.
   Se você está pronto para assumir o compromisso de combater a inadimplência na sua instituição de ensino, confira as dicas que preparamos para te ajudar a concluir essa missão ainda mais rápido.

Fique atento à renda familiar

Antes de fechar a matrícula do aluno na sua instituição de ensino, procure identificar o perfil da família e entender se a mensalidade caberá no orçamento dos responsáveis. Muitas vezes, é melhor negociar uma bolsa de estudos ou algum desconto logo no início do contrato do que precisar tratar um caso de inadimplência no futuro. Os gastos com a escola geralmente representam de 10% a 15% da renda familiar. Fique atento se a mensalidade ultrapassar muito esses índices.

Consulte os serviços de proteção ao crédito
Consulte o SPC antes de receber a matrícula do novo estudante e confira se o responsável financeiro está em dia com suas obrigações. Para complementar esta análise, a instituição pode também entrar em contato com a antiga escola para pegar referência sobre o histórico de pagamentos da família.

Facilite o pagamento das mensalidades

Com a rotina cada vez mais atribulada, muitas vezes os pais e alunos não têm tempo para ir até a instituição. A dica então é fornecer diferentes opções de pagamento, como débito em conta corrente (dcc), emissão e pagamento de boleto online e cartão de crédito.

sexta-feira, 7 de abril de 2017

O impacto da inadimplência nas escolas



  O recebimento das mensalidades é a principal, se não a única fonte de renda das instituições de ensino. É a partir do pagamento realizado pelos responsáveis financeiros que escolas e cursos conseguem aperfeiçoar sua equipe docente, otimizar suas rotinas e investir na melhoria da infraestrutura e em novos equipamentos para os alunos.
   Quando as instituições deixam de receber, elas precisam deslocar recursos de outras áreas para cobrir os custos básicos para que se mantenham em funcionamento - como luz, água, aluguel ou manutenção do espaço, materiais de secretaria e salário dos colaboradores - e deixam de investir na melhoria de seus processos. Essas manobras prejudicam a qualidade do ensino, desestruturam a escola e influenciam em diferentes setores da instituição.

   O descumprimento das obrigações financeiras pelos pais e responsáveis afeta a gestão escolar como um todo e seus índices têm se tornado cada vez mais alarmantes. Um estudo inédito realizado pela área de big data e pelos  economistas da Serasa Experian em 2015 apontou alguns dados preocupantes para o setor educacional:


   22,6% de crescimento na inadimplência dos alunos com instituições  de ensino fundamental, médio  e superior de todo o Brasil.

  No primeiro semestre de 2014, comparado a 2013, a inadimplência nas escolas havia apresentado uma queda de 1,3%.
Esta foi a maior alta nesta relação desde 2012, quando o índice registrou elevação de 19,1%.

   Se considerarmos apenas o ensino fundamental  e médio, o aumento foi de 27,2% nos primeiros seis meses de 2015 em relação ao mesmo período de 2014.

   O índice de inadimplência na educação foi superior aos apresentados pelo Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor relacionado a outros setores.
    Somados a esses dados, temos também outros dois fatores que agravam o cenário da inadimplência nas escolas e tornam ainda mais difícil para os líderes educacionais reverterem esse quadro. Um deles é a falta de conhecimento do gestor da situação real da escola. O outro são as leis que regulamentam os direitos dos alunos nas situações de inadimplemento e das instituições de ensino.